Tudo começou num domingo de chuva, quando a minha avó me ligou pedindo um “cafézinho” e, de repente, começou a falar de luta. “Filho, tem um cara aí que parece o Zico, mas troca gol por nocaute”. Eu ri, pensei que era piada, mas ela mandou o link do YouTube do primeiro combate dele. O vídeo mostrava um jovem magrelo, cabelo raspado, com a faixa do Fluminense amarrada no pulso. Quando ele deu aquele jab que fez o adversário cair como se fosse bandeira ao vento, eu pensei: “Esse bicho tem sangue tricolor correndo nas veias”.
Assisti a mais uns três vídeos, fiz um meme com a cara dele usando a camisa 10 do Flu e, de repente, eu já tava na lista de “fanáticos do Tricolor”. Não demorou pra eu marcar o próximo evento no calendário: UFC Paris 2025.
➤ A noite da luta – café, gritos e um toque de caos
Cheguei à hora H com a TV ligada, o som no máximo e a geladeira cheia de cerveja gelada (porque, né, brasileiro não luta sem cerveja). O clima na sala era tipo final de campeonato: a galera da Fluz já tinha colocado bandeirinhas, o sofá virou arquibancada improvisada e eu, de boa, tomei um gole de café que acabou virando espuma na camisa.
Quando Rafael entrou, o público francês gritou “¡Vamos!” e eu gritei “É TERRA, BICHO!” ao mesmo tempo. O cara fez a entrada com a música do “Tricolor” tocando no fone de ouvido, e eu fiquei pensando se o UFC já devia ter um “hino da torcida” oficial.
Primeiro round foi um vai e vem de socos, chute e muita confusão. O adversário, um russo chamado “O Urso”, parecia ter tomado um energético de 3 litros. Rafael, porém, manteve a calma, jogou o jab que eu já tinha visto no primeiro vídeo e, de repente, acertou um direto que mandou o urso pro chão como se fosse bandeira ao vento. A galera na TV vibrou e eu quase caí do sofá.
Side note #1: sabia que o UFC tem uma regra de que o “octógono” tem exatamente 9,144 metros de circunferência? É quase o diâmetro de um campo de futsal. Eu ainda não entendo quem mediu isso, mas já imagino o cara com a fita métrica na mão.
No segundo round, Rafael sentiu o cansaço, mas lembrou do “coração tricolor”. Ele fez um movimento de “drible” que eu só vi no futebol, girou e deu um uppercut que fez o urso bater a cabeça no chão. A plateia foi à loucura, e eu quase gritei “É GOL!”.
Side note #2: eu sempre acendo uma vela de cera de abacaxi antes de cada luta. Não tem explicação lógica, mas parece que a energia boa vem do cheiro.
➤ Gratidão tricolor e o “tá ligado”
Depois do nocaute, o microfone foi entregue ao vencedor. Rafael, ainda respirando forte, olhou direto pra câmera, fez a cara de quem acabou de ganhar a final do Brasileirão e disse:
“Obrigado, Fluz! Cada treino eu coloco a camisa 10 do Fluminense, e hoje a vitória é de vocês. Vamos, tricolor, juntos até o fim!”
A reação da torcida foi um mix de “É TÃO PRA CIMA” e “VAI, VAI, VAI”. O público francês, que não sabia nada de Fluminense, começou a gritar “Tricolor! Tricolor!” e eu vi um cara de terno levantar a mão com a bandeira do Flu na foto do celular. Foi surreal.
Side note #3: um fã na plateia mandou mensagem dizendo que nunca tinha ouvido falar do Fluminense, mas agora queria comprar a camisa. Eu ri, porque parece que o UFC virou um scouting de clubes de futebol.
➤ Emoção em alta, lágrima no olho e o café que virou arte
Quando o árbitro levantou a mão de Rafael, eu quase chorei. Não era só o nocaute, era a sensação de ver alguém que compartilha a mesma paixão, a mesma cor, a mesma história, vencendo num palco tão grande. Eu lembrei das vezes que a gente perdia o clássico, das noites de bar, das músicas de “Demócrito” ecoando no vestiário. Tudo isso se misturou com o som da multidão batendo palmas como se fosse um coral de torcida.
Eu fiquei ali, com a mão na cabeça, a camisa ainda com espuma de café, e percebi que o cara tinha feito algo maior que um simples nocaute: ele trouxe a Fluz para Paris, mostrou que a paixão não tem fronteira e que, mesmo num octógono, a gente pode fazer um gol de placa.
➤ O que vem depois?
Rafael prometeu que a próxima luta vai ser ainda mais “Fluz”. Ele falou de fazer um “chamado” especial antes de cada round, tipo “Vai, Fluz!” e de colocar o escudo do Flu no canto da jaqueta. Eu já estou preparando a playlist: “Praça da Bandeira”, “Mengo” e aquele clássico “Eu Sou o Cara”.
Eu sei que a vida de lutador é cheia de altos e baixos, mas quando a gente tem a torcida de um clube que nunca desiste, o caminho fica mais fácil de percorrer. Rafael agradeceu a todos os fãs, disse que sente a energia da torcida nas costas e que o próximo round será ainda mais brutal. Eu já tô aqui, anotando tudo no bloco de notas, pronto pra gritar “É TÃO PRA CIMA!” na próxima transmissão.
Se você ainda não conhece Rafael “Tricolor” Silva, dá um pulo no YouTube, assiste ao primeiro round, sente a vibe da Fluz e se quiser, compra a camisa 10. Porque, no fim das contas, a gente vive de momentos como esse: um nocaute, um grito, um café que virou arte e a certeza de que a nossa paixão vai muito além das quatro linhas.
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